Mãos fora de combate

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Não é de agora que me encontro na lida de tentar resolver um problema dermatológico que resolveu se instalar nas minhas mãos. Para ser mais precisa, desde nossas férias de verão que uma rotina de pomadas, cremes e medicamentos se instalou por aqui para aliviar o desconforto em uma  pele que resseca, cria pequenas feridas e incomoda muito.

Logo que retornamos de nossa viagem de férias, meu primeiro compromisso foi visitar uma dermatologista  que me orientou o primeiro tratamento com pomada e remédio e recomendou uma hidratação intensa das mãos: creme o tempo todo. Rapidamente minha mão voltou ao normal, mas com a mesma velocidade, poucos dias após o fim do tratamento, os machucados já estavam voltando.

Ao retornar ao consultório, foi sugerida uma nova pomada, desta vez com fórmula, e um novo medicamento. Junto disto, um teste alérgico e alguns exames de sangue. O alívio da medicação me fez ser muito despreocupada e deixar o tempo passar mais que o necessário para agilizar os exames e, no dia que fui iniciar o teste de contato – aquele que colam várias substâncias em nossa pele para ver como elas reagem – meus dedos já tinham novos machucados.

Teste colocado na segunda, médico de urgência na terça. Acordei com as mãos repletas de lesões e um desespero maior do que eu mesma podia controlar. Não conseguia sequer dobrar os dedos tamanho era o estrago. Neste momento tudo saiu tanto do meu controle, que a única vontade que eu tinha era de sentar e chorar.

Que bom que eu não estava sozinha. Cheio de racionalidade, o senhor meu marido, agilizou luvas adequadas para mim e conseguiu agendar um horário com uma outra médica, já que a que vinha cuidando do meu caso não atendia na clínica naquele dia.

Saí do consultório com o indicação da pomada e de um remédio que eu só poderia tomar ao final do teste e a recomendação de manter as mãos cobertas para que a medicação ficasse agindo e para evitar o contato com sujeiras e outros produtos. O agravamento repentino foi relacionando a princípio com a exposição em maior quantidade do componente alérgico do teste.

E assim, me vi sem a plena habilidade no uso das mãos. Os cuidados básicos com a Isa, a curtição de tirar fotos e postar, folhear um livro, colocar um brinco ou fazer uma maquiagem, foram atividades quase que subtraídas da minha vida nesta semana. Para tudo eu precisava de certa ajuda e o tempo quase que se tornou meu inimigo, já que a agilidade deixou de fazer parte da minha rotina.

Tivemos uma semana para lá de desgastante, dedicada a exames e testes que consumiram muito o nosso tempo e nossa costumeira tranquilidade. Comendo fora de casa todos os dias e desrespeitando a rotina da pequena diariamente, fui tomada por aquela sensação de impotência e culpa por ter que fazer a mocinha passar por tanta agitação. Claro, que só eu me culpava, pois a Isa é tão danada que para ela tudo é alegria.

O testo alérgico já terminou, mas os exames de sangue demoram um pouco mais. Para agora fico com algumas suposições e a constatação de reação alérgica para um componente que, investigando em tudo que faz parte do meu cotidiano, encontrei na composição do lenço umedecido que uso – usava – na Isa.

Hoje estou bem. Os machucados da mão já estão quase que completamente secos e já  posso me dar ao luxo de ficar um tempo sem as luvas. Mas o tratamento ainda continua e para as demais atividades elas ainda deverão me acompanhar. Poder sentar na frente do computador e digitar todo este desabafo é um sinal do quanto minha rotina está se normalizando e o quanto eu preciso dela para me sentir bem.

Assim que o diagnóstico final sair, conto no que deu. Por enquanto vou voltando aos poucos desta pausa forçada e colocando em dia os casos e acasos da nossa vivência.

Até muito breve!

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