Havia uma festa no meio do caminho…

Há pouco mais de uma semana, nos reunimos na casa dos meus pais para uma noite de comida japonesa organizada pela minha cunhada. Na ocasião, descobrimos que a Isa realmente curte a culinária oriental, pois se acabou no peixe, no arroz bem coladinho e na alga.

A empolgação da mocinha foi tanta que, durante a semana, resgatei minha panela elétrica de arroz e tentei fazer com que o arroz aqui de casa ficasse com a mesma aparência do que ela comeu  na casa da vovó. Mas, mesmo colocando mais água no cozimento, nada de dar certo. Então decidi que deveria comprar o arroz oriental.

Sim, eu poderia ir ao mercado mais próximo de casa, comprar o arroz e resolver a questão. Mas não. Se é para comprar qualquer produto japonês, tem que ser no bairro da Liberdade! Mais do que o arroz, o que importa é o passeio, a oportunidade de comer coisinhas gostosas na praça e xeretar as centenas de lojinhas que tem por lá.

Porém, esta pessoa que está sempre conectada e tem acesso a todo tipo de informação, deixou escapar um pequeno detalhe: a celebração do Ano Novo Chinês que acontece por lá todos os anos e que atrai muitas pessoas.

Percebemos uma movimentação maior que o normal enquanto nos aproximávamos do nosso destino, mas como paramos o carro um pouco distante, só conseguimos perceber a grandiosidade da festa quando fomos nos aproximando e entrando cada vez mais no meio da multidão. A Isa seguia no colo do pai acompanhando tudo ao seu redor e eu agarrada no passador de cinto da bermuda dele para não correr o risco de ficar para trás.

Tinha gente para tudo quanto é lado, cosplays andando de um lado para o outro, pessoas comendo em todos os cantos, crianças segurando pequenos dragões de brinquedo, adultos usando aquele típico chapéu chinês, palco com apresentações e barraquinhas lotadas.

Já de início desistimos de comer na praça, pois estava muito cheia e resolvemos ir para um restaurante que gostamos muito. Ideia abortada pela fila de espera que estava na porta. Fila esta que se repetiu nas duas tentativas seguintes que fizemos em outros dois restaurantes. Resumindo, comer na Liberdade se tornou, para nós, uma missão impossível.

Desistimos de tudo: do almoço, do passeio e do arroz. Voltamos para o carro e ainda tivemos que enfrentar um pequeno trânsito para conseguir sair das imediações da festa. Mudamos radicalmente os planos, partimos em direção ao shopping e comemos em um restaurante árabe. O arroz? Compramos no mercado dentro do shopping mesmo.

O que eu aprendi com este passeio? Que o kit da Isa tem que estar sempre em ordem, pois seu leite, bolachinhas e biscoitos a salvaram de ficar com fome e consequentemente de mau humor.

Apesar de todos os infortúnios, rimos de nós mesmos diante de toda a falta de informação e terminamos o domingo felizes visitando os avós da princesa.

Quanto ao arroz, personagem que deu origem a toda esta aventura, conto se ficou bom depois que eu preparar por aqui.

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Fonte: http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/13419-ano-novo-chines-na-liberdade

 

Até a próxima!

 

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