Gentilezas por uma vida melhor

É certo que não há nada de original nesta minha afirmação, mas que está claro que gentileza gera gentileza, isto é fato.

Tenho a impressão que quando fazemos o bem para alguém, esta ação gera uma energia no universo que em algum momento acaba voltando para nós.

Falo sobre isto, pois nos últimos dias tenho tentado fazer com que a Isabela perceba minhas ações de gentileza no dia a dia e vá registrando aos poucos em sua memória.

Esta tarde, como em todas as sextas, saímos só nós duas para nossos compromissos diários: ela para a escola e eu para o trabalho. Já na esquina da nossa rua, assim que o farol abriu, paramos para aguardar enquanto uma moça gestante atravessava a rua. Expliquei para ela porque estávamos paradas e comentei também que o motorista do carro de trás devia estar atrasado, pois buzinou para a gente.

Não precisamos andar muito para nos depararmos com um casal de idosos dentro de um carro tentando manobrar para sair da garagem.  Uma paradinha, um farol e enquanto a manobra acontecia, uma nova conversa com a pequena. Desta vez sem buzina.

Continuamos o percurso até a escola, nos despedimos e continuei o caminho sozinha dando passagem para outros carros, parando na faixa de pedestres e até escolhendo uma vaga no estacionamento da escola que não atrapalhasse quem fosse sair antes de mim.

Estamos vivendo um privilégio neste momento em nossas vidas que é o fato de eu sair mais cedo da escola às sextas e, por conta disso,  antes mesmo do Sol se esconder, já era hora de nos encontrarmos para dar boas vindas ao nosso final de semana.

Resolvi que iríamos ao mercado para abastecer nossa despensa com besteirinhas para o final de semana. Coloquei a Isa no acento do carrinho de compras e quando já estava na metade da minha lista, ela dormiu. Não pensei duas vezes, peguei a mocinha no colo e continuei pegando o que faltava.

Foi na hora em que nos aproximamos para pegar o pão francês que a gentileza voltou para nós. Uma moça se aproximou e perguntou se poderia nos ajudar. Não bastasse ela colocar os pães no saquinho, ainda perguntava a cada um que ela pegava se estava do meu agrado. Neste instante a Isa acordou e retribuiu a gentileza com seu tchauzinho carinhoso enquanto eu soltava im sonoro “Muito obrigada!”

Não perdi a oportunidade de cochichar no ouvido dela que tínhamos acabado de receber uma gentileza e que devemos demonstrar sempre muita gratidão quando alguém nos ajuda. Também reforcei que deveríamos passar e gentilaza adiante para evitar que esta corrente se quebre.

Sei que a Isa é pequena e que sua compreensão do mundo, das coisas e das pessoas ainda é muito diferente da minha,  mas acredito que se desejo colher bons frutos, devo plantar boas sementes agora para que tenham tempo de germinar com qualidade.

Quero que a Isa cresça em uma sociedade mais gentil, mais recheada de amor ao próximo e tenho convicção de que é através dela que devo começar este trabalho de formiguinha.
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Até a próxima!

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