Aquela febre que não se explica

Depois que nos tornamos mães, parece que mergulhamos em uma nova realidade. É como se estivéssemos vivendo uma nova vida e por isso tudo se torna novo. Parece que da mesma maneira que a criança vai aprendendo aos poucos, nós também vamos nos aperfeiçoando nesta arte da maternidade.

Os últimos  dias aqui em casa foi em estado de alerta com uma mocinha que resolveu acordar com febre e permanecer um dia todo com ela.

Na última 5a feira, a Isa acordou bem e depois de tirar um cochilo pela manhã, estava com 38,2 de febre. Nada grave. Mediquei e seguimos nossa rotina. No mesmo dia, ela precisou ser medicada novamente na escola e na hora em que nos encontramos, já de noite, a febre estava lá novamente.

Como bons pais, refletimos e achamos por bem levá-la ao pronto atendimento para dar uma olhada. Escolhemos o Hospital Sabará, que atualmente tem me feito acreditar que ele é o pronto socorro infantil com o maior número de bons médicos por metro quadrado que existe, e lá fomos nós com a mocinha e sua febre no banco de trás.

Já no pré-atendimento, antes mesmo de fazer o cadastro, a Isa foi medicada para abaixar a febre e depois de um tempo de espera chegou nossa vez de falar com o pediatra.

Ele a revirou . Ouvidos, garganta, dentes, batimentos cardíacos, mexeu no pescoço, na cabecinha, viu pé, mão, costas, barriga e até bumbum. Depois de tanto vira e mexe, disse que não existia uma causa para a febre que pudesse ser observada no exame clínico. Que se houvesse algo, seria necessário fazer exames laboratoriais para descobrir e que, naquele momento, ele desaconselhava. Disse que a febre dela tinha começado havia apenas 12 horas, o que era considerado pouco tempo e que estava em uma temperatura ainda baixa. Havia um grande risco de ela estar desenvolvendo alguma doença que, ainda incubada, não apareceria nos exames o que seria um sofrimento desnecessário para a mocinha.

Saímos do consultório com a seguinte orientação: monitorar a temperatura por 48h e permanecendo como estava ou aumentando muito nas 24h seguintes retornar. Caso ela começasse a apresentar diarreia por conta de alguma virose, medicar de acordo com a receita que entregou para a gente.

E foi o que fizemos. Uma 6a feira inteira com febre. O efeito do remédio durava por volta de duas horas e lá estava a moça na casa dos 38 novamente. Foi um dia de expectativas, medicando a cada 6 horas, tendo picos de 39,5 durante o dia. Não saímos de casa neste dia. Mamãe não trabalhou e a pequena não curtiu baile de carnaval na escola. Antes de dormir, por volta das 22h, 38,5, medicação e manhã de sábado já programada: voltar ao hospital.

Acordamos com um novo quadro: a febre foi embora. Sim, da mesma maneira que chegou se despediu e sem dizer porque veio. A Isa acordou fresquinha e sem precisar de remédio. Nova resolução: ficar de olho e caso voltasse ir direto para o médico. Mas ela não voltou.

Aí, a pulga veio morar arás da orelha. O que será que houve? Talvez nos próximos dias ela se revele e mostre algo que demore um pouco mais para aparecer, mas por enquanto, vamos ficando com o diagnóstico das vovós que fazem suas orações e rezas e dizem sem dúvida: é quebranto.

Até breve!

 

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