Síndrome mão-pé-boca: você já ouviu falar?

Que a primeira infância é carregada de situações inusitadas eu já sabia, mas alguns pequenos detalhes desta fase eu realmente desconhecia.

Como já contei anteriormente, a Isa não tem passado muito bem nos últimos dias. Começou com uma febre no final de semana que deixou a mocinha derrubada e, apesar da aparente melhora, algumas coisinhas ainda estavam mal resolvidas: apetite péssimo e uma feridinha se formando ao redor da boca.

Inicialmente acreditei que tudo podia ser por conta da dentição e que a tal feridinha seria por conta do excesso de salivação combinado com o uso da chupeta e algum efeito colateral da febre.

Como não sou nada adepta de pronto socorro, fui observando e cuidando como eu acreditava ser a melhor maneira: evitando o máximo o uso da chupeta, deixando o local sempre sequinho e hidratando.

Mas não demorou muito para perceber que não era apenas em volta da boca que o estrago estava feito. Entre os dedinhos do pé, próximo à orelha, em algumas bolinhas espalhadas pelo corpo e depois nos dedos da mão. Ok, hora de procurar ajuda.

Fomos com ela até o pronto atendimento pensando em ouvir algumas informações simples do tipo é o dente, foi por conta da febre ou até mesmo, isto não é nada. Mas não foi isto o que aconteceu. Fomos apresentados à Síndrome mão-pé-boca. Causada pelo vírus coxsackie, não é maligna, mas altamente transmissível, podendo passar de uma criança para a outra pelo simples contato com as secreções das feridas formadas ao redor da boca, mãos ou pé.

Os sintomas mais comuns desta síndrome são, além das pequenas feridas, a presença de febre e a falta de apetite. Ela é facilmente diagnosticada em um exame clínico, pois apresenta sintomas muito característicos e por isso dispensa a realização de qualquer outro tipo de exame. Ela é mais comum em épocas mais secas como a primavera e o outono e, entre o período de incubação e a criança sarar, dura aproximadamente 10 dias.

O tratamento se dá de forma muito simples: repouso, hidratação, cuidados com a higiene e medicação apenas em caso de febre.

Agora é cuidar para a mocinha se sentir melhor e resolver algumas coisas bem práticas, pois por se tratar de uma doença contagiosa,  ela saiu do consultório com um atestado médico e um afastamento de 7 dias das atividades escolares.

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Isabela, o pai e o George aguardando na sala de espera do PS.

 

 

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