Feliz Aniversário, Isabela!

E no meio de todo um período atípico em nossas vidas, celebramos mais um ano da nossa menina.

O tempo passou e agora ela entra na era dos dois dígitos: uma década de vida ou simplesmente dez anos.

Ela cresceu muito neste tempo e, mesmo que eu queira fingir naturalidade, é quase impossível não me admirar com todas as suas transformações.

Cresceu de uma maneira que não dá para enganar o olhar e, ao mesmo tempo, em detalhes que só quem está junto todos os dias é capaz de perceber.

A lista de desejos para o aniversário de dez anos incluía atividades bem diferenciadas e com muita agitação junto com os amigos que ela tanto curte estar junto, mas foi preciso colocar o pé no freio e acalmar a ansiedade.

Inicialmente, a cirurgia da Isa estava marcada para o dia nove de agosto, mas por alguns contratempos do plano de saúde, acabou sendo adiada e esbarrando nos planos de uma comemoração mais intensa.

Porém, celebrar é sempre preciso e, quando temos bons amigos por perto, tudo fica muito melhor.

Amigos estes que estão acompanhando todo processo da Isa bem de pertinho. Que fazem companhia nas tardes que ela passa dentro de casa e até trazem as atividades da escola para ela.

Amigos que fizeram pulseira da amizade e trouxeram presentes de boa cirurgia antes de ela ir para o hospital.

Amigos que logo depois que ela entrou em casa, já estava na porta para saber como ela estava.

Amigos que passaram a tarde curtindo e celebrando com ela, um novo ciclo em sua vida.

Então, se eu puder desejar algo neste momento, desejo que ela sempre tenha os melhores amigos ao seu lado em todos os momentos de sua vida e que ela possa ser para eles, os amigos que eles têm sido para ela. Desejo poder vê-la feliz e cercada de pessoas incríveis que curtam estar com ela simplesmente por ela ser quem é.

Ah, e para quem ficou curioso sobre quais eram os planos iniciais para esses dez anos, guenta a curiosidade aí, pois eles não foram cancelados, apenas adiados para depois da plena recuperação da mocinha.

Até breve!

A vida tem dessas pausas

Hoje, dia dezessete de setembro de dois mil e vinte e três, sinto uma necessidade imensa de sentar e escrever. Escrever sobre as voltas que a vida dá e que nos faz mudar ritmos e rotinas.

Há pouco mais de duas semanas, Isa teve alta do hospital depois de uma cirurgia para uma correção em seu rim chamada de pieloplastia. Eu poderia explicar do que se trata exatamente esse procedimento, mas penso que se você der um Google, terá informações mais precisas.

O fato é que a cirurgia traz uma nova fase na vida da minha menina que nos últimos tempos teve episódios de dor intensa por conta de um estreitamento na saída do seu rim esquerdo. E essa nova fase começa com um grande período de pausa.

Isa ficará por um mês com um duplo jota, que está instalado para ajudar seu rim a trabalhar neste período de recuperação. E, ao mesmo tempo que precisa ficar mais quietinha também precisa de uma atenção com relação aos sete comprimidos que deve tomar diariamente para evitar qualquer tipo de infecção nos próximos trinta dias.

Por conta de todo esse cenário, vimos nossa vida mudar com a seguinte declaração do médico ao preencher o atestado com a seguinte informação:

A vida muda porque nos próximos dias, aqueles que nos separam da próxima etapa do processo cirúrgico da Isa, ficaremos afastadas das nossas atividades de rotina tendo como prioridade os cuidados com a recuperação da pequena.

Sobre a recuperação dela, tudo segue dentro do previsto. Houve dias de maior desconforto, mas no geral tudo está caminhando lindamente.

Nas próximas semanas, minhas prioridades serão apenas:

  1. Garantir que ela se alimente bem;
  2. Insistir para que ela beba bastante água;
  3. Cuidar para que não haja falhas na medicação;
  4. Atentar por uma rotina sem muita agitação ou risco de qualquer lesão;
  5. Manter uma rotina de estudos para que os compromissos escolares sejam cumpridos.

Também vamos cuidar do nosso conforto emocional e garantir que os próximos dias sejam saudáveis em todos os sentidos e para todos os envolvidos nesse processo.

Serão dias de muita atenção e quero chegar ao final deles com a sensação de missão cumprida com sucesso e com uma garotinha plena e cheia de saúde por aqui.

Voltarei para registrar para mim e compartilhar essa rotina de uma maneira bem fluída por aqui!

Até breve!

Sem límites para o amor

Um título bem sugestivo, não?

Também achei e quando comecei a leitura não podia imaginar o quão cativante ela poderia ser.

Eu ainda não terminei, mas precisava sentar e escrever sobre isso. 

O livro traz uma coleção de Nove Fundamentos que visam auxiliar no desenvolvimento de crianças com algum tipo de deficiência, seja ela física ou neurológica. Mas enquanto a leitura avança, começamos a perceber que tais fundamentos podem ser usados para o desenvolvimento de qualquer ser humano. 

Na verdade, o que me fez sentir vontade de sentar e escrever foi o fundamento que intitulado “Devagar”.

É um fundamento que nos sugere desacelerar para se apropriar de novos conhecimentos e informações. Ele diz que “ir devagar desperta a atenção do cérebro fornecendo à criança o tempo para sentir”.

E eis que aqui eu parei e pensei em todas as situações do nosso cotidiano em que não nos permitimos desacelerar.

Passamos grande parte dos nossos dias ocupando cada espaço com alguma atividade e deixamos nossa agenda com tudo tão encaixado que não temos tempo para ir devagar.

Todos os dias colocamos o despertador para tocar com o tempo exato para nos organizarmos e sairmos de casa para o trabalho. Uma água derramada, um elevador quebrado ou uma chave não encontrada, e nossa aceleração se intensifica nos fazendo, em alguns casos, cometer nossos equívocos.

Corremos para  não perder o transporte, comemos correndo e sem mastigar para reduzir a hora do almoço, aceleramos aqui já pensando no que vem depois.

Transferimos essa aceleração para nossas crianças e muitas vezes exigimos delas habilidades que ainda não desenvolveram ainda, apenas para cumprir com essa aceleração toda. E assim vamos reproduzindo esse comportamento a cada nova geração.

Já me senti culpada muitas vezes quando me entreguei ao ócio de um tempo propositadamente ocioso ou porque decidi não assumir um compromisso que não me permitiria um intervalo suficiente para uma pausa. Muitas vezes sentimos essa culpa porque culturalmente precisamos ser pessoas muito ocupadas e sem tempo para nada além do que é considerado socialmente importante. 

Ler sobre o devagar, mesmo que seja dentro de um contexto bem específico, parece validar minha crença de que não precisamos acelerar para chegar sempre antes e mais rápido. Nosso corpo e nossa mente precisam de tempo para se apropriar adequadamente das mudanças que vamos exigindo deles em cada etapa de nossas vidas. Por que não dar esse tempo? 

Hoje eu desacelero sem me preocupar com a aceleração que esperam de mim e, se for para fazer alguma coisa, farei sempre aquilo que for possível fazer com calma. Mais elaborado se eu tiver mais tempo e menos se eu tiver menos tempo. O inverso, já aviso que não será possível.

Por isso, estou aqui cogitando fazer uma camiseta com uma frase do livro que responde por mim “ir devagar é parte do que fomos projetados para fazer.”

Até breve (ou nem tanto)!

Eu, Ayrton Senna da Silva

Porque sexta-feira é nosso dia e fomos logo alí visitar a exposição “Eu, Ayrton”, que está acontecendo no estacionamento do Shopping Villa Lobos em São Paulo.

Não é uma exposição grandiosa, mas é capaz de nos encantar quando ativa nossa memória dos tempos em que ouvíamos o “Tema da Vitória” sempre que ele cruzava a linha de chegada em primeiro lugar.

Ela nos leva por uma viagem pela vida do Senna para além das corridas e me encantou ver como a  Isa se identificou com as imagens e descrições de sua vida na infância e se encantou pelos cenários.

A referência que ela tem do Senna é o personagem de desenho animado, que não aparece em nenhum momento, mas ainda assim curtiu bastante o passeio.

Para além do tema da exposição, fica a experiência vivida e a oportunidade de enriquecer o nosso repertório.

Uma das coisas que mais nos fez falta nos últimos tempos, foi ocupar os espaços por aí. Conhecer novos lugares, ter experiências diversas e amplificar nossos conhecimentos.

Aos poucos, vamos resgatando esse movimento e voltando a ocupar o nosso território da maneira que nos faz tão bem.

Por isso, fica aqui o meu conselho, esteja onde estiver, encontre por aí os melhores lugares e viva as melhores experiências.

Deixando claro que, como melhor, não precisamos entender os mais caros ou muito elaborados. Basta apenas que faça sentido para cada um de vocês.

Para quem é de São Paulo:

Exposição Eu, Ayrton Senna da Silva

Shopping Villa Lobos

Até 15 de novembro de 2021

É gratuita, mas precisa reservar ingressos através do bileto.sympla.com.br

Até breve!

O tempo que a gente tem para a gente

Esse poderia ser um texto sobre a Oficina de Pop It Grandes Chefes que está acontecendo no Shopping Eldorado, em São Paulo e que é muito legal. No caso, se você estiver com tempo neste domingo, 24/10/2021, e quiser aproveitar esse passeio, saiba que ele é gratuito e vale muito.

Mas, de verdade, esse é um texto sobre o tempo que a gente tem para a gente.

Eu já falei mais de uma vez que trabalhar apenas meio período foi uma escolha que eu fiz para a minha vida há muito tempo. Não é novidade para ninguém que eu nunca almejei ser a pessoa que trabalha em horário comercial, da hora que o dia começa, até a hora que ele termina e tem a casa apenas como dormitório. Esse conceito de existir nunca combinou comigo. 

Por isso, hoje, eu não tenho o carro do ano e nem o apartamento no lugar mais requintado da cidade. Meu guarda-roupa não é cheio de roupas de marca –  no caso ele nem é cheio de roupas – e não tenho dinheiro para viajar para todos os lugares que eu gostaria. Mas talvez se eu tivesse o dinheiro eu também não teria tempo para isso.

Mas, em contrapartida, eu tenho tempo de ir ao evento gratuito do shopping em plena sexta-feira ou de ir ao cinema e pagar a meia entrada da quarta-feira. 

Posso visitar o museu no dia em que ele é ofertado de graça e consigo frequentar a biblioteca mais próxima e ler vários livros que tenho vontade. Inclusive, ainda que a demanda de ser professora consuma uma parte desse tempo que seria livre, me sobra tempo para ler um capítulo de um livro e até mesmo me dedicar a projetos que não me rendem nada financeiramente, mas que me deixam muito feliz. Como escrever aqui nesse blog, por exemplo.

Trabalhar meio período não significa trabalhar pouco, pois quando algumas pessoas estão saindo de casa para o trabalho, eu já estou dentro da sala de aula com trinta alunos para ensinar. E quando eu saio da sala de aula, ainda dedico um bom tempo em formação e planejamento para de fato dar uma boa aula.

Mas ainda assim, me sobra um tempo precioso. Um tempo que eu não troco por nada e sempre que tentei trocar, apenas me arrependi. Um tempo para fazer lição de casa juntas, poder inventar momentos mão na massa, bater perna por aí e estar sempre juntas.

Ter tempo para mim é uma preciosidade e eu não tenho a menor vergonha de tê-lo.

Até breve!

Infinitos Recomeços

Ah, essa vida de infinitos recomeços.

Estava aqui pensando que não tem nem dois meses que retomamos nossa rotina e parece que nunca saímos dela.

Tudo encaixado no tempo e espaço novamente.

Os dias começam sempre no mesmo horário e na mesma sequência e todos os hábitos estão de volta ao seu lugar.

Para o meu dia funcionar, tenho que sair da cama às cinco da madrugada. Não que eu entre muito cedo ou que trabalhe muito longe. Pelo contrário, eu gosto mesmo é de ter tempo para um bom café e uma singela leitura antes de cutucar a Isa para sair da cama. 

Aqui em casa não existe a possibilidade de acelerar ao acordar. Tem que ter “bom dia, flor do dia” e mãe dando carona de cavalinho. Se corre o risco de ela ficar mal acostumada? Na verdade acho que já está. Mas não sei se existe um grande problema nisso. Afinal, em algum momento eu não vou conseguir mais dar esse colo ou talvez não esteja por perto para esse ritual do despertar, então, que seja infinito enquanto dure.

A Isa reclama de acordar muito cedo, mas ainda prefere isso ao fato de acordar e ter que fazer tudo com pressa, ou até mesmo cogitar estudar no período da tarde.

Mas o que está batendo forte aqui mesmo é a nossa capacidade de sermos resilientes e nos adequarmos tão rapidamente às mudanças. 

Por um longo tempo eu imaginei que esse retorno seria mais complicado, mas acho que retomamos exatamente de onde paramos: de um processo de encontro com a autonomia e com o distanciamento tão necessários para o nosso amadurecimento.

Penso que nesse período todo que passamos em casa por conta dessa pandemia, o que mais nos fazia falta era o nosso espaço da individualidade. Os lugares onde nos dedicamos às atividades que não se resumem ao nosso status social de mãe e filha.

Voltamos para os lugares onde somos aluna e professora e convivemos com nossos amigos ou companheiros de trabalho.Voltamos para a vida que tínhamos antes, mas certamente não somos mais as mesmas de antes.

Estamos um ano e meio separadas das pessoas que éramos quando tudo isso começou. 

Hoje, olhando as fotos da Isa em seu primeiro dia de aula em 2020 e seu primeiro dia de aula presencial em 2021, vejo duas meninas diferentes. A de agora está bem mais crescida. Não só no tamanho, mas também nas suas atitudes e pensamentos. Eu também me vejo diferente. Diferente de uma maneira que não sou capaz de explicar, apenas de sentir. 

Eu sempre achei que o tempo voasse depois da maternidade, mas esse período de pandemia fez ele acelerar ainda mais. Crescemos e evoluímos dentro do espaço da nossa casa e nesse momento estamos levando por aí tudo que aprendemos ou até desaprendemos  nesse tempo todo. Um desaprender no sentido de desconstruir o que não nos faz mais sentido para nós.

A vida vai seguir adiante e nós vamos continuar nesse infinito recomeçar de cada dia e exercitando cada vez mais essa nossa incrível capacidade de adequação que tanto colabora para nossa constante metamorfose.

Até breve!

A Nave do Juka Pintou no Pedaço

Quantas vezes você leu um livro e, quando ele terminou, você sentiu uma enorme vontade de abraçá-lo?

Abraçar um livro é a maneira que eu encontrei para dizer o quanto a leitura fez bem para o meu coração.

Recebemos aqui em casa um livro que é um verdadeiro tesouro, especialmente para quem já é fã do programa Nave do Juka e que, com certeza, irá encantar muitos corações.

Com ilustrações  que são um presente para o olhar, é um livro que registra em palavras tudo que aprendemos em cada dia que embarcamos nessa nave.

É uma leitura que nos convida a refletir sobre respeito, amor, empatia, acolhimento, cuidado e tudo de mais lindo que pode reger as relações entre todos os seres vivos.

Aqui na nossa casa, o livro foi recebido de braços abertos, pois de alguma maneira nos sentimos parte dessa história também, pois é exatamente assim que seu autor, Juka Garibaldi faz a gente se sentir.

Juka, como todos o conhecem, define essa escrita como autobiográfica, pois traz em seus detalhes a sua trajetória de vida para chegar na Nave como conhecemos hoje e onde cada personagem traz um pouco de sua essência.

O livro foi publicado pela Editora Clube da Cultura, que merece destaque em todo esse processo, pois como o próprio Juka diz “é mais do que uma editora, é uma realizadora de sonhos.”

Esse é um livro que há muito eu queria ter no meu acervo e finalmente ele se concretizou. Pegar esse livro nas mãos, foi como tocar o sonho de uma pessoa que mesmo distante já se tornou um super amigo e, mesmo que você ainda não conheça o Programa Nave do Juka, já pode considerar essa uma leitura indispensável.

Anota aí:

Título: Nave do Juka

Autor: Juka Garibaldi

Ilustrador: Flávio Carlos

Editora: Clube da Cultura

Obrigada, Juka, por esse livro que é um verdadeiro presente.

Até breve!

80 dias para o ano acabar

Você já se perguntou quando é a hora de recomeçar? 

Sempre que eu me faço essa pergunta, a resposta é sempre a mesma: hoje é um bom dia para recomeçar!

Já tem um tempo que sinto muita vontade de sentar na frente do computador e deixar que minhas ideias simplesmente transbordem pelas pontas dos meus dedos e comece a se concretizar como eu fazia há um tempo.

Não quis ir atrás dessa informação, mas sei que já faz muito tempo que não me dedico a escrever com carinho nas páginas desse blog. Não que eu não quisesse, mas eu apenas me permiti ser devorada por outras prioridades que não essa.

Já falei de muita coisa por aqui: dei receitas, dicas literárias, rotinas, passeios, programações e muitos, realmente muitos, devaneios. 

Em 2019 eu tinha certeza que viria aqui muitas vezes, pois depois de uma viagem incrível em família, eu tinha muita coisa para contar e refletir. O tempo passou e eu nunca voltei. 

Mas eu desejo que esse nunca fique para trás, pois hoje é o dia do recomeço.

Estava tendo uma conversa de varanda com meu marido hoje pela manhã onde eu dizia sobre o quanto essa semana tenho acordado todos os dias pensando que há um ano eu estava dentro de um quarto de UTI sem a menor possibilidade de fazer escolhas. Ele me disse com muita seriedade que por bem pouco, não era ele quem estava lembrando que há um ano eu não estava mais aqui.

Isso me bateu muito forte e eu me perguntei quando de fato eu retomaria tudo aquilo que me faz feliz de verdade exatamente da maneira que me faz feliz de verdade. E isso é sobre tudo que fui deixando escorrer por entre os dedos a começar por esse espaço que eu sempre cuidei com tanto carinho e que há tanto tempo eu abandonei.

Um dia desses eu estava na minha rede social mais ativa dos últimos tempos fazendo uma limpeza básica de pessoas e posts quando fui indevidamente acusada de ser um robô e de ter compartilhado minha senha com aplicativos que monitoram seguidores. Achei isso bizarro e me senti profundamente incomodada por não poder decidir quem e o que eu quero acompanhar de verdade. Perdi por algumas horas minha conexão e precisei provar em várias etapas que eu era eu mesma e não um robô. Mas juro, com sinceridade, que fiquei na dúvida se eu realmente não estava me tornando um robô.

Eu resolvi fazer uma limpeza na minha rede porque os números começaram a me assustar. Seguindo muito mais do que sendo seguida e com uma quantidade imensa de conteúdo e informações compartilhadas. Para que exatamente? Não sei, mas sei que estou com vontade de seguir por outros caminhos e visualizar novas possibilidades.

Pesquisei no Google quantos dias faltam para 2021 acabar, descobri que em apenas oitenta dias ele se finda e me perguntei: o que eu quero fazer antes do ano acabar?

Fiz uma pequena lista e tenho certeza que dou conta de cumprir.

Quer saber o que tem na minha lista? Volte nos próximos dias que vou contar.

Bom, por hora, o mais importante é saber que escrever no meu blog está na minha lista de coisas para fazer antes de 2021 acabar. 

Até muito breve!

Sobre as escolhas que a gente faz

Mostra Cultural Fun Day 2017

Quanto mais o tempo vai passando, mais eu acredito na diferença que as nossas escolhas fazem na vida dos nossos pequenos e pequenas.
Em menos de uma semana, presenciei eventos relacionados à escola da Isa que fortaleceram ainda mais este meu pensamento.
Sempre que eu escuto alguém dizendo que as crianças hoje em dia são muito diferentes das de antigamente, me pego pensando que as crianças continuam iguais, o que mudou foi a forma com que lidamos com elas e o entorno que proporcionamos para o seu desenvolvimento.
Hoje, as crianças vão para a escola bem mais novas, inclusive o ensino obrigatório adiantou-se do ensino fundamental para a educação infantil, e desde muito cedo interagem com outras crianças. Aquela relação que em outros tempos dava-se dentro do meio familiar entre irmãos, irmãs, primos e primas, hoje se expande para algo mais amplo em um meio que foge ao controle dos adultos da própria família.
As crianças encontram em seus semelhantes uma diversidade de pensamentos, crenças e valores, que vai construindo em cada uma o seu jeito de perceber e interagir com o mundo e com os demais.
Professores e professoras que integram este universo escolar, adicionam sua pitada de colaboração para que esta mistura de saberes dê liga e se concretize. Estes mesmos profissionais vem carregados de seus valores e crenças na mesma proporção que as crianças e cada um a sua maneira vai trabalhando em prol do desenvolvimento e da sistematização das informações que flutuam entre todos.
Assim, tão pequenos são influenciados pelas decisões que nós adultos tomamos à respeito de suas vidinhas e vão construindo suas próprias identidades.
Entrei nesta reflexão dos últimos dias quando presenciei a apresentação de Hapkido da Isa. De uma maneira que só mesmo vendo para compreender, as crianças demonstravam com uma segurança incrível tudo o que haviam aprendido com o professor no decorrer do ano. Eu, em minha total ignorância, não tinha a menor compreensão do que acontecia semanalmente nas aulas que ela tem na escola que frequenta. Respeito ao professor, aos comandos, à faixa, ao quimono, ao espaço. Tudo demonstrado nas pequenas ações que executavam. O professor era o único adulto naquela relação e ocupando um papel fundamental naquele momento conseguiu colocar as crianças no centro de todas as atenções.
Menos de uma semana depois, mais uma Mostra Cultural da escola dela aconteceu e, ao presenciar o que crianças tão pequenas, junto com seus amigos, responsáveis e professores são capazes de produzir, conclui que, de fato, nossas escolhas são fundamentais para o desenvolvimento delas.
Estar nesta escola, com estes amigos e amigas, acompanhada destes professores e professoras e inserida nas atividades que está acompanhando todas as semanas, vai colaborando para que ela se torne cada dia mais aquilo que ela é.
Talvez se tivéssemos feito outras escolhas, se nos relacionássemos com outras pessoas e encontrássemos outros profissionais, a química não seria mesma e consequentemente o resultado fosse completamente diferente.
Acredito, também, que muito do que somos nasce junto com a gente, mas que grande parte também é formado ao longo dos anos pelo meio em que vivemos.
Por isso, senhores e senhoras adultos e adultas, vamos nos atentar sempre às escolhas que fazemos, pois elas farão uma grande diferença nas vidas das nossas crianças. Sejamos nós, pais, mães, responsáveis legais ou não ou qualquer profissional que decida se ocupar deste grupo tão seleto, nossa responsabilidade é grande e, se queremos uma geração de crianças saudáveis, devemos ser cuidadosos e fazer sempre o nosso melhor.

Até a próxima!

Quando você embarca no sonho de uma criança

“Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade”

(Raul Seixas)

É exatamente o clima deste prelúdio de Raul que está pairando entre nós.

Um sonho que surgiu dos devaneios da Isa e que tomou conta de nossos dias, tamanha é a energia que ela desprende em tudo aquilo que faz ou sente vontade de fazer.

Em um diálogo simples do dia a dia, talvez influenciada pela visita dos primos americanos e pelos canais que assiste no Youtube, ela soltou: “Mamãe, a gente pode ir para a Disney?”

Opa! Como assim? Lá fui eu explicar aqueles detalhes básicos começando pela distância, passando pelo fato de que precisa de muito dinheiro e concluindo dizendo que é necessário esperar muito, pois precisa de tempo para organizar tudo o que é necessário.

Depois de toda a explicação eu disse a ela que sim, que nós podemos ir à Disney, mas que isto vai exigir uma grande dedicação de todos nós. Ela aceitou e agora nesta casa tudo gira em torno de economizar para ir à Disney.

O projeto é todo muito recente, mas já tem virado quase um mantra para nós. Estamos acreditando que somos capazes de nos planejarmos para em 2018 levar a Isa para embarcar nesta aventura.

Ver o entusiasmo dela confeccionando um cofre de garrafa pet para guardar seu dinheirinho e sua disposição para fazer trocas simplesmente porque uma escolha diferente vai nos ajudar a economizar, nos motiva a querer trabalhar em torno deste sonho.

Por isso, este não é um post que conta sobre algo que já aconteceu, mas sim é o ponta pé inicial de um projeto que quero compartilhar para tornar mais paupável algo que está existindo apenas no campo das ideias.

Estamos aceitando dicas, sugestões e vibrações positivas para que este projeto se concretize, pois tem uma garotinha por aqui demonstrando muito empenho.

Nos vemos em breve.